segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Minimamente Feliz


A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num
outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de
que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em
conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café
recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a
fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu
esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na
primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'
.
Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E
faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra
'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego
fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E
quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas
alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

Leila Ferreira, jornalista

domingo, 13 de novembro de 2011

O ontem não nos pertence mais.

Oque fazer quando não atingimos as expectativas? Quando não somos realizados? Não ficamos ricos e nem somos tão bonitos assim?
Aos 20 já não temos mais idade para aprendermos a dançar ballet, e no entanto ainda somos novos.
Complicado falar de coisas que ainda nos atormentam.
Quando olhamos para o passado e relembramos de coisas que ainda não foram perdoadas por nós mesmos, sofremos demais, sofremos uma dor intensa por uma culpa que não precisamos carregar.
Claro que errar gera consequências, mas de alguma forma se sentimos remorso, já nos arrependemos e já sofremos, não é justo nos lamentar o resto de nossas vidas.
Temos que olhar para a frente e tentar seguir o melhor que pudermos, talvez não sejamos os melhores, mas ao menos que sejamos nós mesmos, inteiros sem os fantasmas do nosso passado.
Olho para o inimigo até tão pouco tempo idolatrado e quero serenar o ódio, por reconhecer que o medo não é dele, é meu.
O medo congelante da perda, da frustração, medo de não ter nada a perder e só então descobrir que oque mais importava escorregou por entre os dedos.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cadê meu saco de $$$$$$$ ?



Acreditar que tudo vai se resolver. Quando?
Aqui se faz e aqui se paga? Ahñ?!!!
Pô tô pagando uma conta que já não é mais minha. Sério.
Alguém me pediu emprestado e não sei quem foi.
Sonho sempre vem pra quem sonhar, mas e aí continua sonhando e paga as contas com oque? ou deixa atrasar e perde tudo?
Aliás para quem nada tem, vai perder oquê?
Eu quero!
Eu mereço!
Só que não acredito em papai noel.
Será esse o problema?
Ah! Tô pirando de vez.
Só acho que mereço, porque não prejudico mais ninguém, já cometi muitos erros, não me arrependo de todos mas da maioria, quero um pouco de dignidade e conforto sim.
Não fiz ainda voto de pobreza, quero mais da vida, quero viver e não sobreviver.
Meu...quero $$$$$.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Espelho

Quando me olho no espelho, sinto raiva do que já fui e tenho saudades do que eu qeuria ser...
É dificil encarar diariamente, meus medos, suas frustrações...
Tenho medo de cortar os sonhos pelas raizes, se é que isso é possível.
Evitar que a menina no espelho acredite em contos, tenha esperanças...isto não é justo.
Mesmo temendo que ela sofra, e por tabela eu me desfaleça, não posso evitar.
A dor de olhá-la, tão linda, tão pura, tão... me faz sangrar, dói, e então eu tenho vontade de agredi-la.
Quem é essa no espelho que me afronta, vivendo oque deveria ser eu.
Torço e rezo pela sua felicidade constante e no entanto a faço chorar, sinto um prazer cruel, de uma maldade sem tamanho, uma força que não sabia existir dentro de mim.
Esta estranha no espelho me olhando e disputando comigo quase um mesmo espaço físico...Me dá vontade de chorar.
Eu vivo por ela, eu morro por ela.
Meu amor é tão incondicional que...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Bom Carnaval!!!!

Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Solidão...



Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... 

Isto é carência!


Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... 

Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... 

Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... 

Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... 

Isto e circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Chico Buarque
 
 
Bom fds para todos, vou fazer rapel, fuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo


Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta
os braços, sorri e dispara: ´eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e
todo mundo é meu também´.
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos
descompromissados, os adeptos da geração ´tribalista´ se dirigem aos
consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e
reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso
comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como:
não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser
cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia
para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e
receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter ´alguém para amar´.. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...